Prémio João de Almada 2016, 2017
Foram hoje anunciados os projectos distinguidos pelo Prémio João de Almada de 2017, promovido pela Câmara Municipal do Porto, cujo júri tivemos a honra de integrar em representação da Ordem dos Arquitectos.
O Prémio João de Almada é um prémio bienal de arquitectura criado em homenagem a João de Almada e Melo, que no século XVIII teve um papel de destaque no urbanismo da cidade do Porto, tratando-se de um dos prémios mais prestigiados na área da reabilitação urbana e da recuperação do património arquitetónico.
Mais informações em:
http://www.porto.pt/noticias/casa-da-boavista-partilha-com-teatro-do-bolhao-e-universidade-catolica-vitoria-no-premio-joao-almada-2017
A reabilitação do edifício Casa da Boavista, pela arquiteta Joana Leandro de Vasconcelos, na Rua de António José da Costa 53, venceu na Categoria de Edifícios Residenciais, por decisão do júri que teve em conta o facto de representar “um exemplo relevante de reabilitação arquitetónica de ‘casas do Porto’, tratando-se de uma obra que, respondendo às exigências do habitar contemporâneo, integra qualificadamente tipologia, materiais e sistemas construtivos reconhecíveis na pormenorização desta obra pertencente à herança patrimonial portuense”.
Nesta mesma categoria, foi atribuída Menção Honrosa às habitações:
– sita na Rua de Nossa Senhora de Fátima 481, projeto de reabilitação da autoria dos arquitetos João Baptista da Costa e Pedro Guedes de Oliveira, sendo proprietário Pedro Luís Lameira Franco;
– sita na Rua de Álvares Cabral 126, projeto de reabilitação da autoria de Alexandre Filipe Braga Loureiro, sendo proprietário Manuel Cândido Alves da Costa.
Aprovou-se também a atribuição ex-aequo do Prémio João de Almada 2017, na Categoria de Edifícios Não Residenciais, à Academia Contemporânea do Espetáculo / Teatro do Bolhão, pela reabilitação do edifício Palácio do Bolhão (Rua Formosa, 342-346), e à Universidade Católica Portuguesa – Centro Regional do Porto, pelo projeto de expansão da Universidade Católica (Rua do Paraíso da Foz, 86-100).
A proposta do júri sublinhava o reconhecimento d’”a excelência e o caráter exemplares – para a cidade e para a arquitetura – a ambas estas intervenções”, acrescentando que a alteração do regulamento do prémio deu origem “a sábia introdução de novos programas (não residenciais)”, a qual “resultou não só em reconhecida valorização do património herdado, como em estimulante resposta às políticas de reabilitação urbana contemporânea”.
Ainda de acordo com o júri, “a capacidade de adequar novos programas em obras do património herdado, evitando a sua demolição e valorizando a preexistência, é um superior contributo para garantir a autêntica identidade e memória da nossa cidade”.
Em Edifícios Não Residenciais, foram atribuídas Menções Honrosas a:
– Fundação Instituto Arquiteto José Marques da Silva (Praça do Marquês de Pombal 44), projeto de reabilitação da autoria dos arquitetos Sérgio Fernandez e Alexandre Alves Costa, sendo proprietária a Fundação;
– Igreja e Torre dos Clérigos, projeto de reabilitação da autoria do arquiteto João Carlos Martins Lopes do Santos, sendo proprietária a Irmandade dos Clérigos;
– E-Learning Café – Botânico (Rua do Campo Alegre 1191), projeto de reabilitação da autoria dos arquitetos Nuno Valentim e Margarida Carvalho, sendo proprietária a Universidade do Porto.